Agudos,
cidade do estado de São Paulo com 34 mil habitantes, há dez anos tem tarifa zero
no transporte público para a população. A prefeitura tem orçamento anual de R$
92 milhões, e gasta R$ 120 mil por mês para manter o serviço com os 16 veículos
da frota, 25 funcionários no setor, 20
deles motoristas, que levam uma média de 9.000 pessoas. O atual prefeito,
Everton Octaviani (PMDB), sobrinho do ex, afirma que não é fácil manter o
benefício. "É pesado. Hoje, a passagem custaria no mínimo R$ 1,50. Com a
economia, o morador pode ter alimentação e vestuário melhor, por exemplo. Tem
grande alcance social."
O
transporte gratuito chama tanta atenção que há até quem tenha escolhido Agudos
para morar por isso, como o pintor de móveis Moisés de Moura, 27, há seis meses
na cidade.
A
possibilidade de economizar fez com que trocasse São Manuel pela cidade
vizinha. "Agudos mostra, numa época difícil, que dá para ter transporte
gratuito", diz.
OUTRAS
CIDADES
Em
Ivaiporã (a 400 km de Curitiba), com 31,8 mil habitantes, o transporte é
gratuito há 12 anos. Segundo o prefeito Luiz Carlos Gil (PMDB), o "passe
livre" custou R$ 520 mil em 2012 aos cofres públicos. O orçamento anual do
município é de R$ 50 milhões.
Em
Pitanga (a 338 km de Curitiba), com 32,6 mil habitantes, o serviço gratuito
começou em fevereiro de 2012, com números mais modestos. Dois ônibus levam
cerca de 400 usuários por dia, a um custo de R$ 12 mil mensais.
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