Com elevadores estragados há dois anos, poucos e ultrapassados
equipamentos de informática, “gambiarras” na instalação do
ar-condicionado e rachaduras no teto, policiais civis denunciam a
precariedade do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa
(D.H.P.P.), no bairro São Cristóvão, na região Noroeste da capital.
O Hoje em Dia teve acesso a imagens feitas nesta quinta-feira (13), terceiro dia de greve da categoria. As fotografias denunciam as condições as quais os policiais civis são submetidos a trabalhar, o que impediria que o trabalho de investigação de assassinatos e outros crimes contra a vida seja feita de forma eficiente.
O Hoje em Dia teve acesso a imagens feitas nesta quinta-feira (13), terceiro dia de greve da categoria. As fotografias denunciam as condições as quais os policiais civis são submetidos a trabalhar, o que impediria que o trabalho de investigação de assassinatos e outros crimes contra a vida seja feita de forma eficiente.
Um policial civil, temendo represálias, pediu para não ser identificado, mas contou um pouco da saga do dia a dia no departamento. “Temos um espaço mínimo na inspetoria onde atuo com outros 25 policiais. Só temos seis computadores e, mesmo assim, só quatro funcionam”, contou.
Os elevadores parados há cerca de dois anos exigem que testemunhas e
vítimas de crimes, além dos profissionais, sejam obrigados a usar as
escadas para trafegar pelos cinco andares do prédio. “Já vi gente
descendo de muleta e pessoas baleadas na perna, com dificuldades para
andar, terem que usar a escada devido à falta do elevador”, relembra o
policial.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que
uma reforma do prédio do D.H.P.P está prevista para ser iniciada ainda
neste ano. A recuperação do imóvel, segundo a assessoria, deve ocorreu
em duas etapas e custar R$ 5, 5 milhões. Além disso, o mobiliário do
departamento será integralmente renovado, conforme a Polícia Civil. A
previsão é de que a reforma seja iniciada ainda neste ano, mas sem data
prevista. De acordo com a assessoria, o prédio do D.H.P.P é preservado
pelo patrimônio histórico do Estado e, por isso, a recuperação exigirá
atenção e cuidados ainda maiores.
Em relação às viaturas da corporação, a assessoria informou que o
departamento deve ser um dos contemplados pela nova frota de veículos da
Polícia Civil. A entrega dos 182 automóveis deve ser feita em julho.
Apuração em risco
Os relatórios de inquéritos e investigações realizados no D.H.P.P. correm o risco de serem perdidos ou extraviados devido aos equipamentos obsoletos do departamento, denuncia o policial civil. “Tudo o que eu faço preciso salvar no meu pen-drive pessoal, deixar salvo aqui é um risco. Os computadores são lentos e quase não têm memória”, conta.
Os relatórios de inquéritos e investigações realizados no D.H.P.P. correm o risco de serem perdidos ou extraviados devido aos equipamentos obsoletos do departamento, denuncia o policial civil. “Tudo o que eu faço preciso salvar no meu pen-drive pessoal, deixar salvo aqui é um risco. Os computadores são lentos e quase não têm memória”, conta.
Segundo ele, algumas vezes quando há um colega de trabalho fazendo um
trabalho externo e pede auxílio para pesquisa de algum dado a demora
prejudica a ação policial. “Às vezes o colega precisa que a gente cheque
um endereço, um nome, a placa de um carro, mas com a lentidão dos
computadores fica difícil dar esse retorno imediato, o que acaba
prejudicando a ação”, diz.
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