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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Deputados Criticam projeto de temporários sem concurso para PM

Deputados criticam projeto de temporários sem concurso
Por Lívia Menezes - livia.menezes@folhadirigida.com.br
Com o objetivo de reforçar o policiamento de rua, em curto espaço de tempo, o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PM-RJ), coronel José Luís Castro Menezes, elaborou um projeto para a contratação de temporários, com o intuito de substituir os policiais que trabalham em serviços internos nos quartéis. Se a proposta for aprovada, segundo ele, cerca de 2 mil PMs irão para as ruas em 2014.

Ainda não se sabe quais os militares que serão remanejados, mas algumas áreas já estão praticamente definidas: 21 músicos, 348 técnicos de saúde (auxiliares de enfermagem e odontológicos) e de informática e 55 mecânicos. A intenção é ampliar o efetivo e desonerar a folha de pagamentos da PM-RJ. Para o oficial da reserva da PM e deputado estadual Paulo Ramos (PDT), a instituição necessita de planejamento, com concursos públicos periódicos, para manter sempre em atividade o seu curso de formação.

"A medida é desnecessária e absurda, porque a PM-RJ tem condições de planejar o efetivo, a ser formado de forma progressiva e continuada", afirmou. Segundo o parlamentar, a corporação não pode trabalhar com soluções emergenciais. "Os policiais precisam ser formados através de critérios rigorosos de qualidade", salientou, acrescentando que os servidores não devem ser deslocados da sua área de atuação. A opinião é compartilhada com professor e deputado estadual Robson Leite (PT). "Esse projeto retrata nitidamente a política do improviso, péssima para o serviço público, e marca do governo do Sérgio Cabral. O estado deveria mudar a sua filosofia e priorizar a abertura de concurso para efetivos", afirmou, acrescentando que falta compromisso com o serviço público.

"A prioridade deve ser a folha de pagamento dos servidores, em vez de gastar recursos com eventos esportivos na cidade do Rio de Janeiro, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", enfatizou. O parlamentar é contrário à retirada dos militares das suas funções, para trabalharem nas ruas.

Sem concurso - O projeto dos temporários prevê um processo seletivo simplificado, por meio apenas de análise curricular, e não pelo método tradicional, de provas. O último concurso para a área de Saúde da PM-RJ foi realizado em 1998, e outro foi prometido por Sérgio Cabral, durante a campanha para o seu primeiro mandato. A seleção foi planejada pela corporação em 2012, para 770 vagas, sendo 690 para cabo auxiliar de saúde e 80 para oficial de saúde. Porém, o pedido de concurso não teve prosseguimento na Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-RJ).

Inclusive, na época em que foi cogitada a seleção, o Centro de Recrutamento de Seleção de Praças (CRSP) ressaltou a urgência na realização de concurso para a área de Saúde. Segundo o ex-chefe do setor, tenente-coronel Roberto Vianna, a corporação deveria ter 826 cabos auxiliares de saúde, mas só contava com 134 - um déficit de 692. Segundo o tenente-coronel, proporcionalmente, talvez fosse a área com o déficit mais elevado. Outro concurso que não avançou na Seplag foi o de sargento músico, previsto desde 2011, para 135 vagas.  
Fonte folhadirigida

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