De acordo com o diretor
de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea,
Daniel Cerqueira, há uma “relação de causalidade” entre a redução do número de
armas com a queda dos homicídios. “Onde se tem uma maior difusão de armas de fogo
aumenta a taxa de homicídios em 1% ou 2%”, disse.
Pelo estudo do Ipea,
frisou Cerqueira, não há como relacionar, contudo, a redução dos crimes contra
o patrimônio com o aumento do número de armas de fogo pelos cidadãos. “Ou seja,
é uma lenda aquela história de que o pai de família armado vai dissuadir o
criminoso de perpetrar os seus crimes. Isso, do ponto de vista empírico, não
acontece no Brasil”.
O presidente do
Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa, disse que a política de desarmamento é
mais “ideológica do que técnica”. Ele questionou o estudo do Ipea e afirmou não
ser possível estabelecer uma relação entre o número de armas de fogo e os
índices de homicídios. “Arma não comete crime. Quem comete crime é o ser
humano”, disse.
“A história de que a arma
roubada do cidadão vai parar na mão do criminoso é uma prova disso. Se tenho um
celular roubado, e ele vai para dentro de uma penitenciária, e ele é usado para
um sequestro, a culpa é minha? Precisamos definir quem é vítima de verdade”,
argumentou Barbosa.
Agência Brasil
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