Categoria fincou 232 cruzes na praia. Segundo
Associação, este é o número de homicídios registrado nos primeiros 45 dias de
2014.
Policiais militares e bombeiros fizeram um protesto silencioso, na manhã deste domingo (16), na Praia de Camburi, em Vitória. Durante o ato, cruzes pretas foram fincadas na areia da praia. Os militares reivindicam melhorias nas condições de trabalho. Ao todo foram utilizadas 232 cruzes, que representam as vítimas da criminalidade no Estado.
Os militardes reivindicam direitos trabalhistas como adicional noturno, adicional de periculosidade, adicional noturno, auxílio transporte, auxílio creche e o pagamento de horas extras.
De acordo com os manifestantes, as más condições de trabalho refletem nos índices de criminalidade registrados no Estado. Ainda durante o protesto foram revelados dados que, segundo os policiais, são diferentes dos oficiais: nos primeiros 45 dias deste ano, 232 capixabas foram vítimas de homicídio. O número é 13% maior em comparação ao mesmo período do ano passado.
“O governo do Estado está manipulando os dados de criminalidade, e isso é um absurdo. Nós sabemos que o número de mortes é muito maior do que o que está sendo apregoado pela secretaria de Segurança Pública. Qual a grande dificuldade disso? A população vai achar que está tudo bem, mas não está”, expõe o capitão da Polícia Militar, Lucínio Assumção.
As cruzes utilizadas durante o protesto também ganharam outro significado: três delas representam policiais militares. De acordo com os manifestantes, os policiais não suportaram as condições de trabalho, e acabaram tirando a própria vida. De acordo com o capitão, há dez anos a corporação não registrava esse tipo de ocorrência.
“Tivemos três suicídios de militares no Estado, em menos de dois meses, Nós não temos uma carga horária regulamentada por lei”, afirma Lucínio Assumção.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que os números de homicídios são divulgados após o fechamento de cada mês, pois os dados são auditados e conferidos com os inquéritos policiais. Qualquer informação que seja divulgada por qualquer entidade que não seja a Sesp, não é oficial.
Segundo a Sesp, a divulgação dos nomes de vítimas é omitida para a preservação do morto e de seus familiares. A Sesp destacou ainda que o Espírito Santo está em seu quarto ano de redução contínua nos registros de homicídios, por meio principalmente, dos esforços conjuntos centrados no Programa Estado Presente.
Soldado
Almança
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