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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O Papa Francisco sensibiliza até o Comandante Geral da PMERJ


Depois do próprio Sergio Cabral admitir publicamente via a imprensa que o contato pessoal com o Papa o sensibilizou, chegando mesmo a assumir que não possuía um perfil de diálogo com os diversos seguimentos da sociedade, postura essencial a qualquer gestor da coisa pública que deve sempre primar pelo bom relacionamento com a população da qual é representante. O fato é que a falta de preparo político neste aspecto de interação com a sociedade fez com que a sua imagem fosse desgastada, o que acarretou a deflagração de procedimento formal de impedimento(impeachment) no Parlamento, além de clamores públicos através de manifestações, inclusive acampamentos ao redor da residência do Sergio Cabral pedindo a sua renuncia.
Provavelmente movido pelos mesmos sentimentos que tocou o governador no que se refere a correção de atitudes, o comandante geral da PMERJ publicou no BDR de nº 140, de 01 de agosto de 2013 uma das decisões mais sensatas da sua carreira ao determinar a abolição de todas as punições infligidas durante sua gestão, apresentando como motivação o fato de reconhecer o elevado moral de sua tropa e o alto grau de profissionalismo, além de reconhecer que a função policial militar rotineiramente desencadeia grave instabilidade emocional e psicológica, não sendo razoável exigir desses profissionais absoluta observância de todos os diplomas legais vigentes. Sendo assim, implicitamente reconheceu que eventuais transgressões não devem ser apuradas com excessivo rigor, característico da legislação castrense. Resta agora uma dúvida: será que o comandante geral nos próximos boletins determinará ex-officio a reintegração dos policiais militares punidos disciplinarmente com exclusão em virtude de participação em movimentos reivindicatórios por melhores condições de trabalho? Ou os excluídos deverão pleitear administrativa/judicialmente com base no principio constitucional da igualdade a reinclusão aos quadros da PMERJ?  Acreditamos que o bom senso demonstrado pelo coronel Erir irá prevalecer e será determinada a reintegração dos nossos bravos guerreiros.

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