PM vai
criar unidade de grandes eventos para agir em manifestações e, depois, jogos de
futebol
A ideia é que a nova unidade seja
formada por agentes especializados em mediação de conflitos para evitar o
emprego do Batalhão de Choque. Além disso, poderia liberar os demais batalhões
para atuarem no policiamento normal.
Coronel Luís Castro, comandante da PM: ‘Não
apoiamos a violência’
A criação da nova força foi
anunciada ao DIA pelo comandante-geral da corporação, coronel Luís Castro.
“Estamos estudando esse grupo específico para atuar em manifestações, que, no
futuro, poderá até ser usado no policiamento de jogos e grandes eventos. A
ideia é evitar ao máximo o conflito, trabalhando com policiais treinados. Não
apoiamos a violência, nem do policial, nem do manifestante”, afirmou.
Desde o início dos protestos, 11
PMs foram afastados do trabalho nesses eventos e estão sendo investigados por
excessos. Segundo estudo feito pela PM, o objetivo é que a nova unidade conte
com cerca de 500 policiais. Todos eles receberão treinamento específico sobre a
atuação da PM, controle de distúrbios urbanos e mediação de conflitos e
negociação, entre outras técnicas adaptadas à realidade das manifestações.
Parte dessas modalidades já está
incluída na grade de disciplina do curso de formação de soldados, que prepara
os novos policiais para atuar nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
O Batalhão de Grandes Eventos
ainda não tem data definida para começar a atuar. “Precisamos concluir os
estudos para ver de onde virá o efetivo que vai formar o batalhão”, ressaltou o
coronel Luís Castro.
Balas de borracha no quartel
Para Luís Castro, comandante da
PM, a criação do Batalhão de Grandes Eventos é a conclusão de uma série de
estudos e medidas tomada pela corporação para melhor lidar com os atos — que,
muitas vezes, terminaram em tumulto e quebra-quebra provocado por grupos
radicais.
Algumas das estratégias já
surtiram efeito: desde o dia 3 de setembro, a PM deixou de usar balas de
borracha durante as manifestações e também diminuiu o uso de gás lacrimogêneo e
sprays de pimenta por policiais das unidades operacionais.
Uma outra medida adotada da
Polícia Militar foi evitar o pronto emprego do Batalhão de Choque que, segundo
o comandante, só será acionado em casos de extrema necessidade.
Jornal O Dia
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