Terminou em frustração a reunião entre candidatos e representantes do comando da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PM-RJ), na manhã desta quarta-feira, dia 15. A corporação decidiu manter todas as decisões já divulgadas anteriormente, sem atender às reivindicações dos concurseiros que, em sua pauta, pediam que a seleção fosse retomada imediatamente. A oferta do novo concurso, de 6 mil vagas, sendo 600 para mulheres, foi confirmada, assim como a previsão de publicação do novo edital, cujas inscrições serão reabertas somente após o dia 25 de maio, segundo a própria ínstituição.
O diretor-geral de Pessoal (DGP), Coronel Carlos Alves, e a major Bianca Machado, sub-coordenadora de Comunicação Social, classificaram como 'fatalidade' a publicação do edital de abertura do concurso no dia 17 de dezembro de 2013. Ainda de acordo com eles, o prazo de validade da seleção de 2010 se encerra no dia 24 de maio (uma vez que sua homologação foi publicada no dia 24 de maio de 2012). Ou seja, até 24 de maio deste ano, ainda poderão ocorrer convocações de aprovados dessa seleção - o que impede a realização do novo certame.
Outra questão reclamada por muitos candidatos diz respeito à idade para participação no próximo concurso - o edital prevê o limite máximo de 30 anos quando do último dia do prazo de inscrição. Com o adiamento da seleção, muitos concorrentes que já vinham se preparando perderão o direito de disputar as vagas, justamente por passarem a exceder o limite de idade previsto. A essa questão, a PM-RJ informou que "o limite de idade do cargo de soldado consta do estatuto da Corporação, e que nada pode ser feito para beneficiar os candidatos que, em função da suspensão, vierem a ultrapassar o limite de idade previsto no edital".
"Essa é uma posição autoritária e injusta. Veja meu caso: venho estudando desde 2012 para este concurso, com altos gastos com cursinhos e apostilas, sempre na esperança de o concurso sair. Estou prestes a fazer aniversário e, com o adiamento das inscrições, e a manutenção do limite de idade, simplesmente estarei impedida de me inscrever. Na reunião, eles disseram que as pessoas prejudicadas, em casos como o meu, poderão até entrar com mandados de segurança, que de nada vão adiantar. E ainda disseram que eu deveria me inscrever para outro concurso, pois na PM-RJ não poderei mais entrar", revelou Greice Bianca, estudante de 30 anos, que participou da reunião.
Outra candidata apresentou sua revolta à equipe da FOLHA DIRIGIDA. "A minha indignação foi que o Coronel, além de não ter atendido às nossas reivindicações, tenha utilizado a palavra 'fatalidade' para a publicação do edital em data equivocada, quando a questão é de falta de planejamento. Além disso, ele não justificou os motivos que levaram ao cancelamento do concurso. E disse que qualquer problema com o concurso deve ser discutido na esfera da Justiça", lamentou Laisa Salles, outra das cinco candidatas presentes na reunião - que contou ainda com a participação dos candidatos Kauli Batista, Lucas Passos e Diego Mota. Diante da negativa do comando da PM-RJ às reivindicações, o grupo de candidatos afirmou que poderá retomar uma política de manifestações e protestos, ainda cobrando explicações e exigindo a retomada da seleção.
Fonte FD on line
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