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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Concurso PM 2013, Especialistas criticam escolha por pregão.


A escolha da Exatus como organizadora da seleção para 6 mil vagas de soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) não agradou a especialistas entrevistados pela FOLHA DIRIGIDA. Para o diretor do curso de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Carlos Eduardo Guerra, o ideal é de que concursos deste porte fossem feitos por instituições renomadas, mas o que acaba sendo inviabilizado quando o governo decide escolher a banca por meio de pregão eletrônico.

“Acho que todos se sentiriam mais confortáveis se a instituição escolhida tivesse um peso maior no cenário nacional e não realizasse seleções regionais, com foco em prefeituras. A instituição escolhida parece não ter grande experiência, embora esteja realizando seleção para a PM do Espírito Santo e tenha feito também para cargos de nível superior do Detran-RJ. No entanto, já que ela está definida, é importante que os candidatos intensifiquem a preparação, tomando como base o programa já divulgado”, disse o especialista.

Carlos Guerra destaca ainda que o governo do estado não deveria adotar pregão eletrônico para escolher organizadoras de concursos, ainda mais em seleções de grande porte, tais como o da PM-RJ e do Detran. “Temos que acreditar que organizadoras pequenas têm capacidade de fazer o concurso, mas confesso que a banca me parece ser um pouco inexperiente. Ao escolher a instituição por pregão eletrônico, as principais organizadoras do país não participam desta modalidade, onde o menor preço para execução do serviço ou da taxa é o determinante para vencer o processo”.

Carlos Guerra diz que o maior problema ao escolher uma organizadora sem grande renome reside na questão logística e de estrutura e não em falta de lisura. “O maior risco é logístico e não de má-fé. Temos órgãos de controle, como o Ministério Público e a imprensa, para garantirem um concurso sem fraudes. Na verdade, o que mais me preocupa é se a organizadora escolhida tem professores qualificados para elaborar questões, se possui uma gráfica própria e, sobretudo, se haverá segurança no transporte e distribuição das provas pelos locais de avaliação. Acredito que a banca escolhida, que é do Paraná, nunca elaborou questões de disciplinas que vão cair na prova da PM-RJ, tais como Direitos Humanos e Geografia do Rio de Janeiro. Meu maior receio é copiar questões de outras seleções, por falta de experiência, e elas terem que ser anuladas depois. No entanto, vamos torcer para que nada disso ocorra e o concurso transcorra sem problemas”.

Um comentário:

  1. Que isso! essas bancas que fazem concursos para prefeituras é a maior furada!

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