Um neurocirurgião de Itaperuna,
no Noroeste Fluminense, foi preso na última segunda-feira (2) depois de
atender a um caso de emergência. Parece contraditório, mas o médico Carlos
Eugênio Monteiro Barreto também é capitão do Corpo de Bombeiros e recebeu um
chamado de emergência médica durante o plantão no quartel. Ele acabou
abandonando o posto no meio da jornada, atitude que é considerada crime
militar.
Segundo nota do Hospital São José
do Avaí, uma criança de um ano e três meses foi internado pelo sistema único de
saúde e passou por uma microcirurgia no dia 29 de agosto. A operação foi feita
pelo médico neurocirurgião Carlos Eugênio Monteiro Barreto. Mas, quatro dias
depois, a criança piorou e entrou em coma. Uma nova cirurgia, essa de
emergência, precisou ser feita para retirada completa de um tumor no cérebro e
o mesmo profissional foi convocado.
Ao voltar do hospital, depois de
fazer o procedimento para socorrer a criança, o capitão Carlos Eugênio recebeu
voz de prisão. A corporação alegou que ele abandonou o posto. O médico chegou a
ser levado para o GEP (Grupamento Especial Prisional no Rio de Janeiro), mas
foi liberado depois de um alvará de soltura.
Por telefone, o comandante dos
bombeiros, Douglas Paulik, informou que o capitão era o único que poderia
atender a urgência e emergência de sete cidades. Isso representa
aproximadamente 180 mil pessoas. E ao abandonar o posto, ele cometeu um crime
militar e por isso foi preso em flagrante. Segundo o regulamento do Corpo de
Bombeiros, ele vai responder disciplinarmente por crime militar e tem até
terça-feira (10) para apresentar a defesa.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário