Grupo, que inclui praças e oficiais, foi levado para a Corregedoria da PM.
Prisão foi determinada pela juíza da auditoria militar
Pelo
menos 11 policiais militares, entre oficiais e praças, foram presos entre esta
quinta (20) e sexta-feira (21) suspeitos de envolvimento com a operação
tartaruga no Distrito Federal. O grupo foi levado para a corregedoria da
corporação. A prisão foi determinada pela juíza da auditoria militar. O G1
procurou o Tribunal de Justiça, mas não obteve retorno até a publicação desta
reportagem.
Os
policiais presos são suspeitos de vários crimes militares, incluindo incitação
à desobediência. O primeiro deles, preso na noite de quinta, é um soldado que
desacatou a ordem.
A
categoria ficou dividida depois que o GDF encerrou as negociações sobre
reajustes salariais publicando, na quarta, dois decretos. Os líderes das
associações decidiram em reunião não se posicionar contra a medida, mas
anunciaram que vão enviar carta de repúdio a Agnelo Queiroz.
Em um
e-mail divulgado na noite de quarta, havia orientações para que a categoria
boicote as atividades. Entre elas, está até mesmo dar informações incorretas a
turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, orientando-os a ir a lugares a
mais de 40 quilômetros do centro de Brasilia onde ocorrerão os jogos.
"[Sobre]
informações aos turistas estrangeiros: oriento-os de maneira incorreta
(mande-os para o Sol Nascente, Águas Lindas, Planaltina, Vale do Amanhecer
etc.), e só os ajudem, claro, de forma incorreta, se ele (estrangeiro) souber
falar português (mesmo que o policial saiba falar outra língua)", diz o
e-mail que circula entre os PMs. O texto não é assinado.
O grupo
criticou a postura do governo e do comandante-geral, coronel Anderson Moura,
que disse que a primeira assembleia para votar a proposta do GDF – reajuste de
22% escalonado ao longo de três anos – não foi válida porque a maioria dos
presentes tinha pouco tempo na corporação.
A
assembleia foi realizada em frente ao Palácio do Buriti na manhã desta terça.
"A maioria do efetivo (cerca de 85%) não está satisfeita com a 'esmola'
proposta pelo GDF, e também muitos policiais estão sendo perseguidos (inclusive
eu) por ser 'novinho'", completou o PM.
Os PMs
deflagraram a operação em outubro, por falta de reajuste policial. Com isso, o
policiamento ostensivo ficou enfraquecido. O número de mortes em janeiro, por
exemplo, cresceu mais de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
O
Tribunal de Justiça pôs fim à operação, acatando o pedido do Ministério Público
para declará-la ilegal. O descumprimento da decisão tinha como pena multa
diária de R$ 100 mil.
"Assunto
superado"
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anderson Moura, afirmou considerar “superado” o processo de negociações com a categoria, que chegou a fazer operação tartaruga durante três meses para pedir reajuste salarial e reestruturação da carreira. "Para nós está muito tranquilo, esse assunto já está superado", disse.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anderson Moura, afirmou considerar “superado” o processo de negociações com a categoria, que chegou a fazer operação tartaruga durante três meses para pedir reajuste salarial e reestruturação da carreira. "Para nós está muito tranquilo, esse assunto já está superado", disse.
O coronel
também afirmou considerar ter maior validade a segunda reunião, fechada para
apenas 70% do efetivo - entre oficiais, subtenentes e sagentos, na qual a
proposta foi acatada.
"Temos
um grupo de soldados e cabos que estão demonstrando alguma insatisfação. Mas
fizemos uma reunião ontem com todos os oficiais, subtenentes e sargentos, que
seriam quase 70% do efetivo, que são os grandes beneficiados com o reajuste do
governo", disse.
"Todo
mundo recebeu reajuste. Mas eles [insatisfeitos] têm que entender que existe
uma carreira e a gente tem que privilegiar os mais antigos. Ele vai passar o
maior tempo como subtenente, que é o fim da carreira. Soldado é o começo",
completou o comandante.
Segundo
Moura, mesmo aberta para todos os militares, a primeira reunião não teve
validade "porque reuniu muita gente que não é da corporação".
"Não posso deixar que pessoas alheias à corporação falem por nós e tragam
prejuízos à polícia. Havia apenas 2 mil pessoas lá, um número insignificante. E
a maioria era de candidatos reprovados e que querem entrar na PM."
"Temos
um grupo de soldados e cabos que estão demonstrando alguma insatisfação. Mas
fizemos uma reunião ontem com todos os oficiais, subtenentes e sargentos, que
seriam quase 70% do efetivo, que são os grandes beneficiados com o reajuste do
governo", disse.
G1 DF
Nenhum comentário:
Postar um comentário