Frederico Caldas, chefe das UPPs, teria ferido braço ao
se abrigar de tiros.
Comandante da UPP da Rocinha, major Pricilla Azevedo, feriu o pulso.
O comandante das Unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs), Frederico Caldas, teve ferimentos leves durante novo
tiroteio na Rocinha na manhã deste domingo (16). De acordo com a PM, por volta
das 11h, o coronel teria se ferido no braço e na cabeça ao cair, quando tentava
se abrigar dos tiros.
Na ocasião, ele acompanhava a operação
policial na favela, iniciada em resposta a um ataque de traficantes na
madrugada de domingo. Ainda segundo a corporação, ele foi atendido no Hospital
Central da PM, onde foi submetido a uma radiografia e passa bem. A corporação
informou ainda, por meio de nota, que a major Pricilla Azevedo, comandante da
UPP da Rocinha, sofreu uma escoriação no pulso.
PMs que participam da operação
disseram à reportagem do G1, na condição do anonimato, que o
comandante das UPPs teria sido atingido por estilhaços. A assessoria do Comando
de Polícia Pacificadora (CPP), no entanto, negou as informações.
Por volta das 20h, o Comando de
Polícia Pacificadora informou que Caldas passou por uma intervenção cirúrgica.
Foram retirados fragmentos de plástico, pedra e terra do olho direito do
coronel. Segundo o diretor do Hospital, coronel Porto Carreiro, não havia
vestígios de fragmento de projétil.
Ataque de traficantes
De acordo com a PM, a troca de tiros chegou a fechar o túnel Zuzu Angel para a
circulação de veículos por mais de duas horas, segundo o Centro de Operações da
prefeitura, depois que traficantes atearam fogo a objetos na via.
Ainda segundo a polícia, por volta de
3h30 da madrugada deste domingo, bandidos fizeram disparos entre as Ruas 1 e 2
da Favela da Rocinha. Duas pessoas ficaram feridas e um homem foi preso com uma
pistola após a chegada dos agentes. O detido foi levado para a 11ª DP
(Rocinha).
Em fotos veiculadas no Fantástico, é
possível ver que um hospital dentro da comunidade foi atingido por balas. A
Secretaria de Saúde informou que um dos dois baleados no tiroteio já chegou
morto ao Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul. Até a noite de domingo não
havia informações sobre o estado de saúde da outra vítima.
Intenso tiroteio
Segundo moradores da Rocinha, a troca de tiros foi intensa durante a madrugada. Uma mulher, que preferiu não se identificar por medo de represálias, contou ao G1 que saía de uma festa quando ouviu os disparos. "Não tinha polícia na hora. Eu estava saindo do pagode quando de repente começaram a atirar", disse.
Segundo moradores da Rocinha, a troca de tiros foi intensa durante a madrugada. Uma mulher, que preferiu não se identificar por medo de represálias, contou ao G1 que saía de uma festa quando ouviu os disparos. "Não tinha polícia na hora. Eu estava saindo do pagode quando de repente começaram a atirar", disse.
Um
outro morador, que também prefere não ter o nome revelado, enviou ao VC no G1 um vídeo em que
são ouvidos muitos tiros durante o confronto. (Ouça ao lado). Em outro
vídeo divulgado no
Facebook, moradores se deitam para se esconder dos tiros. É possível
escutar dezenas de tiros.
Túnel fechado
De acordo com o Centro de Operações, o túnel foi fechado inicialmente no sentido São Conrado às 4h06, mas depois foi totalmente interditado às 4h20, permanecendo assim até as 6h48. A PM informou que criminosos atearam fogo em alguns objetos na entrada do túnel para impedir a passagem de veículos, e atiraram em transformadores elétricos, o que deixou parte da comunidade sem energia.
De acordo com o Centro de Operações, o túnel foi fechado inicialmente no sentido São Conrado às 4h06, mas depois foi totalmente interditado às 4h20, permanecendo assim até as 6h48. A PM informou que criminosos atearam fogo em alguns objetos na entrada do túnel para impedir a passagem de veículos, e atiraram em transformadores elétricos, o que deixou parte da comunidade sem energia.
A Light informou que alguns pontos da
Rocinha estavam sem luz na manhã deste domingo até as 9h, porque os técnicos da
companhia não entraram na comunidade para fazer os reparos por medidas de
segurança. Apenas por volta de 9h30, funcionários da concessionária de energia
elétrica conseguiram entrar na favela para iniciar os reparos. Ainda de acordo
com a concessionária, o fornecimento elétrico foi totalmente normalizado às
18h.
Durante a manhã, o efetivo policial
contava com o apoio de Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais
(BOPE), do Batalhão de Policia de Choque (BPChq) e de agentes deslocados de
diversas Unidades de Policia Pacificadoras (UPPs). Apesar do fechamento,
o trânsito ficou sem retenções na região já que um desvio foi feito pela
Avenida Niemayer durante a madrugada. Cerca de 150 homens reforçavam o
policiamento na região durante a manhã deste domingo.
Histórico de tiroteios
Confrontos entre policiais e traficantes vêm acontecendo na comunidade pacificada desde o início do ano. Na sexta-feira (14), outra troca de tiros assustou moradores da Rocinha por volta das 13h. Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o tiroteio era entre policiais e supostos criminosos.
Por meio de nota, o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, disse estar em permanente contato com os comandos da Polícia Civil e da Polícia Militar para alinhar estratégias de ação. "O secretário reitera à sociedade em geral - e aos moradores da Rocinha, em particular - que o Estado não vai recuar diante da tentativa de grupos criminosos voltarem aos locais que dominaram durante décadas", destacava o comunicado.
Confrontos entre policiais e traficantes vêm acontecendo na comunidade pacificada desde o início do ano. Na sexta-feira (14), outra troca de tiros assustou moradores da Rocinha por volta das 13h. Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o tiroteio era entre policiais e supostos criminosos.
Por meio de nota, o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, disse estar em permanente contato com os comandos da Polícia Civil e da Polícia Militar para alinhar estratégias de ação. "O secretário reitera à sociedade em geral - e aos moradores da Rocinha, em particular - que o Estado não vai recuar diante da tentativa de grupos criminosos voltarem aos locais que dominaram durante décadas", destacava o comunicado.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário