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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Aspra-DF faz reunião para discutir sobre acordo feito entre PM e GDF


Assembleia com cerca de 15 mil praças, em frente ao Palácio do Buriti, rechaçou a proposta do GDF que beneficia principalmente os oficiais (Iano Andrade/CB/D.A Press)
Assembleia com cerca de 15 mil praças, em frente ao Palácio do Buriti, rechaçou a proposta do GDF que beneficia principalmente os oficiais

Apesar do comando da PM ter votado a favor da proposta apresentada pelo governo, associação de militares alega que "estão querendo fraudar uma decisão"
 

A divisão criada dentro da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros pode ser percebida após o resultado apresentado nas duas assembleias realizadas nessa terça-feira (18/2), para avaliar proposta do governo de ampliar os benefícios das duas corporações. A primeira reunião ocorreu durante a manhã, em frente do Palácio do Buriti. Na ocasião, 15 mil militares votaram contra a proposta apresentada pelo GDF, no fim de semana. Contudo, na noite do mesmo dia, o comando da PM, reunido com 5 mil militares, aceitou os ajustes oferecidos pelo governo. Inconformados com a decisão, a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal (Aspra-DF) se reúnem nesta quarta-feira(19/2) para discutir sobre os decretos assinados ontem pelo governador Agnelo Queiroz.

Durante a reunião de ontem à noite, os chefes da PM e dos bombeiros desconsideraram a decisão da assembleia realizada pela manhã, porque acreditam que o ambiente estava contaminado. “O evento que aconteceu hoje (ontem) de manhã não foi válido. Fizemos um levantamento e muitos dos presentes não eram da corporação, e, sim, aspirantes que estariam esperando os resultados e a convocação do último concurso e infiltrados. A aprovação à noite foi pela maioria de cerca de 5 mil presentes com participação dos praças”, afirmou o subcomandante da PM, Claudio Armond.
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Em nota, governo do DF informou que a decisão de manter a proposta foi aprovada depois de ouvir os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Mas para o vice-presidente da Aspra, sargento Manoel Sansão, não é possível um grupo de oficiais decidirem por toda corporação. Sansão disse que não esperava que o governo decretasse o reajuste, já que a categoria havia rejeitado a proposta anteriormente. “Os praças estão decepcionados. A Aspra não concorda com esse reajuste que só beneficiou os oficiais. Nossa proposta é de uma reestruturação completa da carreira, com isonomia e aumento linear do salário”, disse o sargento.

Correio Braziliense

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