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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cabral terá que dar novas explicações sobre helicóptero

Além do uso indevido pelo governador Sérgio Cabral e sua família, inclusive o cachorro Juquinha, do helicóptero comprado para servir à administração estadual do Rio, a compra da aeronave foi feita também de forma, no mínimo, nebulosa. Apenas uma empresa apresentou proposta na licitação para a compra do luxuoso Agusta AW109, a Sinergy, sediada no Panamá, que pertence ao empresário German Eframovich, dono da Avianca.
A Sinergy participou da “concorrência” sem apresentar certidões negativas de dívidas e sequer os livros contábeis, que são exigidos pelo edital. A Helibrás, que também pretendia participar da concorrência foi desclassificada. Esse novo capítulo, acrescido ao escândalo do voo das babás, como ficou conhecido o caso da compra e uso do aparelho por Cabral e sua família, traz novos questionamentos sobre a necessidade e utilização de uma aeronave tão cara pelo governo do estado.
O helicóptero, na época, custou aos cofres públicos R$ 15.233.015,00 e sua manutenção que custa ao tesouro do Rio R$ 312 mil por mês, o que equivale a R$ 3,2 milhões por ano. O carioca paga esse valor para que Cabral e sua família desfrutem de uma aeronave, considerada de alto luxo no mercado, para ir e voltar do Rio à Mangaratiba, onde o governador possui uma mansão. O helicóptero também é utilizado por Cabral para ir do heliporto da Lagoa até o Palácio Guanabara, num voo de apenas três minutos. Na utilização da aeronave para ir ao “trabalho”, Cabral anda cerca de sete quilômetros de sua casa na rua Aristides Spínola, no Leblon, até o heliporto da Lagoa. De lá até o Palácio Guanabara são aproximadamente mais sete quilômetros. Ou seja, Cabral, num devaneio de emergente, usa a aeronave para se locomover apenas metade da distância de sua residência até o Palácio. Diante das críticas, ele próprio declarou recentemente que vai deixar de fazer esse voo de galinha, só que numa verdadeira Ferrari dos ares, como o Agusta é chamado pelos pilotos de aeronaves executivas.
Jornal do Brasil

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