Rio - O
prefeito Eduardo Paes concedeu na noite desta sexta-feira entrevista ao grupo
Mídia Ninja sobre os atos que tomaram as ruas do Rio. Os jovens ficaram
conhecidos por transmitirem imagens ao vivo pela Internet das manifestações nas
últimas semanas.
Ao tentar
justificar a onda de protestos, o prefeito indiretamente alfinetou seu parceiro
político, o governador Sérgio Cabral: “Seria um cego, um tapado, se eu
dissesse: é a minha oposição que se uniu. Minha oposição não junta 300 mil
pessoas”. Em entrevistas recentes, Cabral atribuiu os protestos a políticos
oposicionistas.
Apesar disso,
Paes deixou claro que não se envergonha da parceria com o governador. Ele
atribuiu as manifestações a uma “crise de representatividade política” e a
problemas de ética na atuação dos políticos. O prefeito reconheceu que a
polícia “passou do ponto” algumas vezes ao reprimir protestos, mas que tem
aperfeiçoado suas práticas.
Para ele, casos como o da Maré, onde morreram
dez pessoas, estão menos frequentes: “Aquela é a polícia que a gente não
quer”. O prefeito também foi questionado sobre as remoções visando os grandes
eventos e a política de transportes. “Pergunte ao morador de Santa Cruz se não
ganhou uma hora com o BRT”, defendeu Paes.
O Dia
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